O que a clínica do ato de se drogar pode ensinar sobre a ética da psicanálise?

O que a clínica do ato de se drogar pode ensinar sobre a ética da psicanálise?

Trabalho apresentado no II Colóquio Internacional de Psicanálise da Letra – Associação de Psicanálise em 17 de outubro de 2014.

Todos sabem que a relação do homem com as substâncias intoxicantes, existe em todas as sociedades e faz parte da história do ser humano. As substâncias tiveram e, ainda tem, lugar na história da humanidade seja nos momentos de comemorações, nos rituais religiosos ou sociais, nas orgias, na busca pelo prazer ou em situações que envolvam os laços sociais. Enfim, mesmo que restrito a cenários específicos, nunca houve sociedade sem drogas.
No entanto, obviamente, que isso não significa que a relação do homem com as substâncias intoxicantes se manifeste da mesma forma ao longo dos anos, pois o uso de tais substâncias varia durante as épocas e de acordo com as características culturais de cada sociedade.
Assim sendo, é facilmente observável por todos que o fenômeno do uso de substâncias intoxicantes está presente nos dias atuais e sua existência pode ser caracterizada como sendo um consumo generalizado, acentuado e, muitas vezes, compulsivo. Assim, o consumo abusivo de substâncias intoxicantes já está inscrito na cultura atual sendo considerado como um dos grandes desafios da atualidade e vários campos do saber vem se debruçando sobre o assunto na tentativa de compreendê-lo melhor.
Portanto, sem dúvida nenhuma, no nosso tempo, a droga enquanto tema, é falada por muitos. De forma geral, ela é falada pela mídia como um dos grandes problemas do mundo contemporâneo e está sendo tratada como uma epidemia que tem que ser combatida e exterminada. Inclusive, há um slogan conhecido por todos que ilustra esse posicionamento: “diga não às drogas!”. Mas, o que dizem estes vários discursos que perpassam a temática das drogas?
O discurso religioso reduz o consumo das drogas a um fenômeno demoníaco. O sujeito que usa droga nunca teve tanto espaço como têm atualmente nesses programas religiosos que são transmitidos 24 horas por dia pelas rádios e canais de televisão. São rituais de exorcismo na forma de espetáculo dos horrores. Não sei se tivemos momentos anteriores na história com relatos de “lideres religiosos” que se intitulam ex-drogados e expõe suas experiências passadas com drogas como se fossem troféus ou exemplos de superação a serem seguidos.
Por sua vez, o discurso vigente na segurança pública simplifica a problemática das drogas ao combate e a repressão contra os fornecedores das drogas. Nesta lógica, associam o consumo das drogas à delinquência.
Já o discurso da saúde, quando sustentado no discurso da ciência, acaba restringindo o consumo das drogas ao campo das doenças tentando alarmar a sociedade ao enfatizar que as “drogas matam!”.
Chega a ser impressionante a grande quantidade de programas populares de televisão que apelam aos fenômenos que envolvem drogas como uma forma de capturar telespectadores que ficam paralisados diante de imagens que transmitem cenas de violência e barbáries. É a droga sendo tratada como um objeto comercializável pela lógica do mercado. Em nome de um Bem para humanidade, usam-se outros fenômenos que orbitam em torno das drogas para atrair telespectadores que consomem tais imagens. Podemos dizer que isso é o efeito da incidência do discurso capitalista, que é uma modalidade do discurso do mestre, que coloca a droga no lugar de um objeto livre de proibições e que tenta garantir a felicidade absoluta.
Assim, este é o cenário no qual o fenômeno do consumo de drogas está situado nos nossos dias. É um momento formado pela incidência de diferentes discursos que, cada um a seu modo, pode provocar diferentes efeitos, mas que, de forma geral, são discursos que excluem o sujeito ou quando o consideram, o tratam como objeto ou como escravo.
Diante disso, agindo no discurso do analista e, portanto, sustentados pela ética da psicanálise, não podemos deixar de favorecer o surgimento do sujeito e, assim se impõe a nós a seguinte pergunta: O quê as pessoas que consomem substâncias intoxicantes têm para falar nos dias atuais?
Desta forma, dando voz aos sujeitos que consomem substâncias intoxicantes, vou mencionar fragmentos da minha prática clínica que realizo num Centro de Atenção Psicossocial – CAPS – localizado na nossa cidade. Este recebe diariamente, em média, de 5 a 10 pessoas que buscam, alguns de forma espontânea, tratamento para o excessivo consumo de maconha, cocaína, drogas sintéticas, mas, principalmente, consumo exagerado de álcool e/ou crack.
São homens e mulheres de faixa etária variada, isto é, incluindo desde adolescentes até pessoas idosas, de classe social e níveis de instrução variados.
Seguindo novas diretrizes, os CAPS em Curitiba, desde o início deste ano, passaram a receber as pessoas num funcionamento denominado de “portas-abertas”. Assim, qualquer pessoa que queira se reposicionar sobre a sua relação com as drogas, pode, espontaneamente, buscar este equipamento na região onde mora.
Assim, realizando a minha prática clínica neste local, juntamente com meus colegas, recebemos cotidianamente pessoas que se dirigem ao CAPS
para falar sobre a sua relação com as drogas. Dessa forma, ao falarem, vão revelando diversos tipos de demandas e as diferentes faces correlacionadas e que compõem este fenômeno do nosso tempo.
Antes de inserir o discurso daqueles que se dirigem ao CAPS, vale destacar que não será possível abordar neste trabalho, todos os tipos de pedidos que aparecem no CAPS, pois isso necessitaria de mais tempo, além de que extrapolaria o objetivo deste trabalho. Por conseguinte, o que vou descrever aqui, são aqueles pedidos que aparecem de forma repetida no CAPS e que, portanto, revelam um aspecto estrutural do discurso desses sujeitos, mas que, logicamente, não substituem a diversidade composta pela singularidade de cada caso.
Outra ressalva importante, é que, neste momento, estou me referindo aqui à clínica específica das drogadições, por acreditar que esta clínica permite a discussão da possível relação entre o consumo de drogas e as características do mundo contemporâneo e, mais do que isso, por pensar que esta clínica reinterroga a psicanálise na sua dimensão ética.
Então, se os outros discursos que abordam as drogas no nosso tempo excluem o sujeito, ou quando o incluem, tratam-no como objeto ou escravo, o quê os sujeitos que consomem substâncias que são intoxicantes têm para falar?
Com o desejo de escutar os sujeitos que se dirigem ao CAPS verifica-se que a maioria deles chega referindo-se à droga como sendo a causa do seu sofrimento. Referem: “Vim porque sou alcoólatra”, “Estou aqui porque sou um drogado”, ou então, “Preciso ficar longe das drogas”, “não posso tomar o primeiro gole”, “não posso nem ver uma pedra de crack!”, enfim, são falas que ilustram aquela ideia de que problema da drogadição é a existência do objeto-droga.
Sustentados neste discurso, muitos tentam começar seu tratamento numa posição de quem acredita e quer que os outros acreditem que o seu se restringe à substância. Assim, obedecendo a esta lógica, tal posicionamento acaba, consequentemente, levando a um pedido, ou seja, a demanda de que alguém tire a droga da sua vida. É seguindo esta lógica que muitos buscam um tratamento em lugares fechados que o impeçam temporariamente de ter contato com a substância. O que é curioso, é que quando saem dos internamentos, retomam o uso da substância, demonstrando que o discurso que considera a droga como a causa da drogadição é algo no mínimo questionável.
Desta forma, podemos afirmar que é este o discurso que prevalece no início da busca por um tratamento. Discurso onde o sujeito aparece desimplicado subjetivamente com o que lhe causa, trazendo assim, alguns
obstáculos ao tratamento. São sujeitos que depositam na droga a causa da sua própria demanda.
Todavia, o encontro com o discurso do analista é o que pode causar transferência. Sem temer, o analista age no sentido de abrir um lugar para o surgimento do sujeito.
Para ilustrar esta possibilidade da incidência do discurso do analista, quero citar a fala de uma pessoa que eu acompanhei por aproximadamente 4 meses e que num determinado momento expressou o seguinte enunciado: “Ma(i)s que droga!”
Qual será o dizer dessa fala para aquele sujeito?
Tal fala foi enunciada por uma pessoa que usava crack há 12 anos, mas que, naquela época, estava sem usar há aproximadamente 2 semanas. Diante do acontecimento que ele nomeou como sendo uma “recaída”, ou seja, frente ao ato de voltar a usar crack ele, então, pronuncia a frase que eu destaquei: “Ma(i)s que droga!”
Embora, no discurso popular, essa frase seja uma locução, isto é, uma forma peculiar de expressar algum sentimento de frustração, me chamou atenção, o som equivocante expresso na forma como aquele sujeito a pronunciou: “Ma(i)s que droga!”.
Notem que, embora seja uma expressão curta, ela guarda uma ambiguidade que pode revelar mais do que um sentido.
Dependendo da forma como é pronunciada, a palavra “mas” apresenta uma homofonia. Por exemplo, quando ela é dita de forma textual, literal, “Mas”, ela expressa a ideia de objeção, de dificuldade ou obstáculo: “Mas, que droga!”. Como mencionei antes, nesse sentido ela é usada no discurso popular para expressar o quão ruim foi algum acontecimento, ou seja, um sentimento de frustração.
Porém, quando a palavra “mas” é falada na sua forma coloquial, dependendo da forma como for pronunciada, pode expressar uma homofonia e o que era “mas” ganha outro som, ou seja, “mais” e, desta forma, acaba exprimindo outro significado, ou seja, a ideia de “um além disso” ou a ideia de “alguma outra coisa”; “ma(i)s que droga!”.
Do mesmo jeito, a palavra “que”, dependendo da sua entonação também pode causar homofonia. “Que” designando locução adverbial ou “que” com som equivalente ao verbo querer. “Que droga!” ou “qué(r) droga!”.
Enfim, se fosse o mais importante, poderíamos verificar outras ambiguidades no enunciado daquele sujeito, que são próprias da equivocidade
da linguagem humana. No entanto, decifrar palavras sem a inclusão do sujeito que as pronuncia não condiz com a psicanálise.
Freud nos ensinou em várias passagens da sua obra, como por exemplo, no “Método de Interpretação dos sonhos”(1900), que a intepretação que nos interessa é a interpretação do analisante. Não nos interessamos pelo que ocorre a nós analistas em relação a algum elemento específico da palavra, como se fosse um intérprete, mas nos interessamos pelo que ocorre ao analisante. O que interessa à psicanálise é a interpretação do sujeito que fala. É em torno da palavra falada que a experiência psicanalítica acontece. É esse o principal fundamento da clínica psicanalítica; desde Freud, a psicanálise dá voz ao sujeito do inconsciente.
Foi exatamente o que se impôs a mim no caso em que eu mencionava. Diante do enunciado “Ma(i)s que droga!”, eu lhe perguntei o que ele queria dizer. Sem vacilar, ele sorri e rapidamente diz: “mais que droga, é um prazer!”. Ao permitir-se ser atravessado pelo significante, surge a possibilidade de falar sobre algo além da droga, ou seja, além do objeto. Abre-se assim, espaço para falar sobre o seu prazer. Mas (o que ele quis dizer com “é um prazer) de que prazer se trata?
Uma grande quantidade de usuários crônicos de crack e álcool, quando falam sobre a sua relação com a substância, comumente destacam algum tipo de vantagem ou lucro. É como se frente às adversidades e consequências que surgem no decorrer dos vários anos de uso da substância, o saldo fosse positivo: não ter perdido tudo.
Os usuários de álcool destacam a grande quantidade que ingerem, passando dias sem se alimentar e muitos chegam a dormir na rua, independente das condições físicas, climáticas ou de segurança. Que prazer é esse?
Dentre os usuários de crack, muitos relatam que permanecem dias seguidos fumando em lugares, geralmente, afastados e insalubres. Para não serem flagrados pela polícia ou até mesmo por conhecidos, isolam-se nos chamados “mocós”, “bocas de fumo” ou “biqueiras”, onde vivenciam situações de violência, roubo, tráfico, prostituição, assassinatos, ficam sem dormir, vendem ou trocam tudo que tiverem para fumar o crack. Que prazer que é esse?
Também é interessante que, havendo ou não, o reconhecimento de prazer pelos sujeitos que procuram tratamento, existe, e nesse caso com maior facilidade, o reconhecimento de algum tipo de sofrimento que se expressa pelas queixas.
Se o uso de substâncias intoxicantes é um uso que se trata de “ma(i)s que droga”, ou seja, um uso que inclui prazer, porque haveria sofrimento nas situações em que os usuários ficam horas ou até dias consumindo tal substância? Ou, como também poderíamos dizer, porque surge sofrimento na medida em que o prazer se prolonga? Estamos diante de um Paradoxo!
Aqui, as palavras de Goethe, caem muito bem: “Nada é mais difícil de suportar que uma sucessão de dias belos”.
Freud citou Goethe, em seu trabalho sobre o “Mal-estar na cultura” (1929/1974). Ele verificou que o homem considera a felicidade como sendo o propósito da sua vida, isto é, que a intenção do homem é “(...) querer ser feliz e assim permanecer”(Freud, p.94). Seguindo esse projeto, diz Freud, para alcançar esta tal felicidade, o homem “por um lado, visa a uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro, à experiência de intensos sentimentos de prazer” (Idem).
No entanto, Freud alerta que esse projeto de felicidade não está incluído no plano da “Criação”, pois “somos feitos de modo a só podermos derivar prazer intenso de um contraste, e muito pouco de um determinado estado de coisas. Assim, nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição.” (Freud, p.95). Isso significa que o ser humano não pode alcançar a felicidade absoluta pela própria condição do funcionamento do aparelho psíquico. Sendo assim, prazer que não é modulado pela falta, alimenta o sofrimento.
Desta forma, fica evidente o quanto que o discurso dos sujeitos na clínica da drogadição, revelam, sobre vários aspectos, toda a riqueza contida na obra freudiana, assim como os avanços proporcionados no ensino lacaniano.
A clínica da drogadição revela a formulação do conceito lacaniano de gozo situado no além do princípio do prazer ilustrado pelas experiências dos sujeitos intoxicados. O prazer acaba sendo a própria fonte que intoxica e alimenta o sofrimento. Num projeto que visa a continuidade do prazer, o sujeito se intoxica e padece. Há um excesso no prazer; um a mais. Seria esse um dos pontos de insuportabilidade implicado na experiência da drogadição?
Freud localiza três fontes como sendo as principais geradoras do mal-estar do ser humano. Diz ele: “O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução(...); do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens”(Idem).
Freud já tinha apontado que as substâncias intoxicantes seriam um dos métodos utilizados pelos homens na tentativa de livra-se do sofrimento inerentes a sua existência.
De fato, é curioso pelos próprios relatos dos pacientes como as drogas proporcionam, até um determinado ponto, uma espécie de solução para a dor de existir causadas pelas fontes descritas por Freud.
Intoxicado, então, o homem alcança sensações prazerosas no próprio corpo, afasta-se ou rompe o relacionamento com as outras pessoas e isola-se do seu mundo exterior.
Mas, surpreendentemente, algo se impõe, e como disse Freud, o projeto de felicidade não se realiza. Mesmo isolado do mundo exterior e das outras pessoas, o sujeito intoxicado por algum gozo, ainda tem que lidar com algo que se impõe, algo de excesso que paradoxalmente lhe escapa em si mesmo e, muitas vezes, no próprio corpo, isto é, no real do corpo. Algo que se estende, se alarga no tempo e no espaço, para além dele, e lhe causa a chamada “fissura”, como uma extensão do gozo que insuportavelmente transborda em si mesmo.
Estes são aspectos que compõem o cenário do mal-estar na cultura atual. Todos sabem que vivemos num tempo onde prevalece a existência de um discurso que favorece a cultura da felicidade absoluta, da felicidade sem falta. Estamos numa época repleta de técnicas e variados métodos que prescrevem a felicidade através dos objetos.
Numa combinação entre o discurso das ciências tecnológicas que prometem a criação de objetos novos, avançados, e à lógica mercantil e consumista que nos demanda um ilimitado consumo de objetos, somos cotidianamente convidados a acessar um gozo absoluto. Trata-se de um discurso que usa o avanço tecnológico, como se fosse uma técnica de ilusionismo, sofisticando os objetos ao extremo, tentando causar a ilusão da perfeição. É a sedução através do brilho, mas um brilho que, se não causa cegueira, ofusca a visão.
Este é o estereótipo do homem contemporâneo: Intoxicado.
Sozinho, afastado do seu mundo exterior, conectado ao mundo virtual da Internet e redes sociais, repleto de seus objetos de gozo e o que mais chama atenção na perspectiva deste trabalho, intoxicado pelo gozo! É este o homem contemporâneo?
Portanto, falar em substâncias intoxicantes nos dias atuais, na perspectiva psicanalítica, está para muito além das drogas.
Destaquei no início deste trabalho alguns dos discursos que perpassam o tema das substâncias intoxicantes nos dias atuais e quero, portanto, concluir incluindo o discurso da psicanálise que, sustentado na sua dimensão ética, que atualiza a todo instante, a castração, e que enfatiza a importância da falta, como central e constitutiva, aponta para a existência do desejo.
Se os discursos atuais, cada um a seu modo, privilegiam o objeto, a psicanálise abre sempre o espaço para a invenção do sujeito.
Embora, o discurso capitalista seja um dos aspectos importantes na cultura atual, a clínica do ato de se drogar não nos isenta, enquanto psicanalistas, de apontar para a posição subjetiva daqueles que nos procuram possibilitando que cada analisante possa reconhecer seu Real e fazer algo com ele.
Para concluir, vou citar o poema de Manuel Barros denominado “O apanhador de desperdício”.

O apanhador de desperdícios
“Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios”

Curitiba, 17 de outubro de 2014.

Gledson Marcelo Brugnolo dos Santos.

por: Gledson M. B. dos Santos